Soneto de José Emídio Amaro escrito em julho de 1931 e publicado em 1992 pela Câmara Municipal de Vila Viçosa

Das graças que criou a natureza,

aqui, em seu louvor, desabrocharam

estrelas que no céu já cintilaram

e flores perturbantes de beleza.

Primavera de amor e de pureza,

jardim onde meus olhos se criaram,

olhai aqueles que jamais amaram:

em vós se acabará sua tristeza.

Ó terra de Florbelas e de Hortênsias,

há pombas no teu seio, entre essências

de violetas, jasmins e roseirais...

Chamam-te os estrangeiros Paraíso...

- e a procurá-lo eu perdi o siso

dentro das selvas, pelos matagais!