Bonfilho Faria [1895 - 1969]
Escultores, Fotógrafos, Publicistas
Bonfilho Faria nasceu em Vila Viçosa no ano de 1895. Iniciou a sua aprendizagem profissional, numa oficina de canteiro, aos 16 anos. Em 1917 participou na I Guerra Mundial. Na década seguinte, em 1926, fundou com outros calipolenses, a Sociedade dos Mármores de Vila Viçosa, onde tinha o cargo de Diretor Técnico. Bonfilho assumiu também um papel fundamental na cultura calipolense. Escreveu vários artigos para a imprensa regional, nos quais defendia a importância estratégica da exploração das rochas ornamentais nesta região. A sua participação no Grémio de Acção Calipolense, nomeadamente na qualidade de redator principal do periódico «Callipole: por Vila Viçosa a bem da Nação», apresenta-se fundamental para a sua atividade como publicista. Como canteiro e escultor, foi reconhecido inúmeras vezes em várias exposições industriais de onde se destacam as de Estremoz (1926 e 1927), a de Setúbal (1930) e a de Lisboa (1932). Em 1938 radica-se em Lisboa, onde desenvolve uma expressiva atividade ligada à cantaria artística, trabalhando com os grandes arquitetos da época (João Simões, Carlos Chambres Ramos, Alberto Pereira Cruz, entre outros). Em 1964 recebe uma bolsa de estudo da Fundação Calouste Gulbenkian, tornando-se, em 1966, consultor e responsável pelas obras de acabamentos da sede desta instituição. Além destas atividades, Bonfilho Faria destaca-se também pela sua paixão pela fotografia. O gosto por esta arte permitiu-lhe organizar e apresentar em Lisboa, no Palácio Foz, uma exposição intitulada “Monografia Fotográfica de Vila Viçosa”. Bonfilho Faria faleceu em 1969, em Lisboa.